Espigueiros no Gerês
Existe um Olhar
18.11.10
Quem tem bastante no seu interior, pouco precisa de fora.
Johann GoetheSaltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Existe um Olhar
18.11.10
Quem tem bastante no seu interior, pouco precisa de fora.
Johann GoetheExiste um Olhar
17.11.10
Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea.
(Carlos Drummond de Andrade)
Existe um Olhar
16.11.10
Sou uma filha da natureza:
quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo,
de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser.
E deixo que você seja. Isso lhe assusta?
Creio que sim. Mas vale a pena.
Mesmo que doa. Dói só no começo.
Existe um Olhar
14.11.10
Haja Hoje para tanto Ontem (Paulo Leminski)
Existe um Olhar
13.11.10
No entardecer da terra
O sopro do longo Outono
Amareleceu o chão.
Um vago vento erra,
Como um sonho mau num sono.
Na lívida solidão.
Soergue as folhas e pousa,
as folhas a revolver
e esvai-se outra vez
Mas a folha não repousa,
E o vento lívido volta
E expira na lividez.
Eu já não sou quem era;
O que sonhei, ....
E até do que hoje sou
Amanhã direi, quem dera voltar a sê-lo!
Fernando Pessoa
Existe um Olhar
11.11.10
O inverno cobre minha cabeça, mas uma eterna primavera vive em meu coração. Victor Hugo
Suiça-Outubro de 2010
Existe um Olhar
11.11.10
Antes que venha o Inverno e disperse ao vento essas folhas de poesia que por aí cairam, vamos escolher uma ou outra que valha a pena conservar, ainda que não seja senão para memória.
Almeida Garret (Folhas Caídas)
Existe um Olhar
10.11.10
Ágeis e arrumadas
De peito bem feito
Sensatas coradas
Mexidas no leito
Com luzes apagadas
Perto do perfeito
Conto de fadas
Desfolhe o malmequer
Você quer a mulher
Que não faça nada
Do que lhe disser
Você teme a mulher
Que fuma português suave
Bebe água lisa
Só ao sair da cave
E quando está na sua
Anula a gazua
E deita fora a chave
Porque você é
Um português suave
Gosta de quem nega
De quem só se entrega
Ao fim de muito entrave
E depois o relega
Para o porão da cave
Dizem que as mulheres
Se querem fogosas
Cheias de ciladas
Loucas e picantes
Mas nunca como esposas
Sempre como amantes
Você devia querê-las
Só inquietantes
Sem poder prevê-las
Porque você é
Um português suave
Se forem iguais a si
É um caso muito grave
Desfolhe o malmequer
Você quer a mulher que lhe faça aquilo
Que você nem sonha querer
Rui Veloso
Existe um Olhar
09.11.10
As cores são minha obsessão, meu divertimento e meu tormento de todos os dias.
Existe um Olhar
08.11.10
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