O Porto é uma cidade que carrega muitas memórias, onde um dia fui feliz, onde estudei e aprendi a amar.
Há alguns meses revisitei alguns lugares, não todos os que queria, mas prometo voltar.
Só hoje coloquei duas das fotos porque há dias vi no Pontos de Vista um texto belíssimo que diz tudo o que eu não consigo transmitir.
"Ver o Porto é evocar certa forma de cidade escondida que conservamos dentro de nós, densa, impenetrável, como a neblina envolvendo as manhãs e fundindo o rio com os cais e os barcos. Ilusão de sombras irreais. Transparências. Crepúsculos caindo, suaves, recortando a leveza das pontes, a elegância das torres, os contornos do casario.
Ver o Porto é evocar a suave melancolia dos jardins da cidade – sobretudo no Outono – quando o ambiente se converte em nostalgia.
Ver o Porto é reconhecer a diversidade das suas freguesias, do interior das margens do Douro, em Campanhã, à costa Atlântica, na Foz e em Nevogilde. É a descoberta dos segredos de uma cidade impregnada de espontânea e assumida identidade. "
Texto «Porto – Poesia da Cidade» de Helder Pacheco.