Comemora-se hoje a morte e crucificação de Cristo.
Sou católica, agora não praticante, mas na minha infância os meus pais fizeram questão de me dar uma educação religiosa e isso não me incomodou.
Fui à catequese e aprendi tudo sobre a vida de Jesus e as histórias que envolveram o seu percurso no mundo.
Acompanhei com entusiasmo e admiração os milagres e aquilo que de bom nos ensinou.
Alturas houve, que como criança inocente, me emocionei com o seu sofrimento e uma parte que me chocou foi a traição de Judas e ainda hoje trair mexe muito comigo.
Depois derreti-me em lágrimas quando li os passos da paixão e imaginar o peso de uma cruz, as vergastadas, a coroa de espinhos e finalmente a crucificação, tudo causou em mim um profundo sofrimento.
Hoje o mundo carrega uma cruz que tem outros contornos diferentes da cruz de Cristo, mas que a todos afecta com uma violência indescritível.
Sofremos juntos e estamos todos no mesmo barco sem sabermos quando esta pandemia acaba.
Não quero terminar sem agradecer a todos os que correm riscos e cuidam de nós.
Será altura para fazermos uma instrospecção e tentarmos perceber que algo no nosso comportamento terá de mudar para que nos tornemos pessoas melhores.
Até que tudo termine, fiquemos em casa e tentemos viver esta Páscoa em paz connosco e com o mundo.