Foi tamanha a confusão, que o papel ficou em branco e as palavras perderam-se.

Prometeu voltar outra vez amanhã.

Ouvi dizer que nasci de uma sementinha trazida na patinha de alguma ave, ou então foi o vento.
Caí no meio de um campo baldio e fui crescendo. Ninguém cuidou de mim, fui sobrevivendo ao sabor da chuva, ou da seca, mas tenho resistido.
Não me queixo, porque muitas como eu não tiveram a mesma sorte e foram desaparecendo demasiado cedo.
Por enquanto continuo por aqui de cabeça erguida, consciente de que um dia o meu fim chegará.
Sou uma flor simples e por ser a lei natural da vida, sei que também eu partirei, contudo, fá-lo-ei feliz por ter a certeza que fui a cor que alegrou a vida de alguns que passaram por mim.

Há uns tempos atrás visitei a Casa da Música, um edifício que gostei muito de conhecer.
Nesta foto estava no interior e a foto foi tirada através dos vidros, ficando o edifício exterior em duplicado.
Gostava de voltar, já que tenho uma forte ligação ao Porto, a cidade onde tirei o meu curso.
Talvez quando esta pandemia nos aliviar eu possa fazer-me à estrada e revisitar uma cidade que me traz gratas recordações.

Que não venha nenhuma tempestade que quebre esta acalmia

Há borrifos de sal, o cheiro a maresia que se entranha nas narinas e nos lavam a alma.

Os surfistas, muito antes de serem anunciadas as normas de comportamento nas praias e da abertura das mesmas antes do dia 6 de Junho, já podiam andar no mar.
Sendo assim acho que vou pedir um fato emprestado e vou esbracejar à beira-mar, já  que surfar não sei, pena que o bronze não passe através do fato e continue branquelas.

A fé não tem fronteiras.

Cada dia para mim começa como uma folha em branco de um livro que gostaria de escrever. Cada momento é uma oportunidade de começar a transformar os meus sonhos em realidade.

Este é o areal na Praia da Consolação do qual falei no post anterior