Anel de noivado gigante. Um trabalho da Joana vasconcelos em exposição à entrada  no MAAT.

Uma esplanada num país quentinho. Estou farta de frio, de pensar que neste momento não posso sair de casa, porque uma série de imprevistos me impedem de sair. Nada que o tempo não resolva.

Não vou dizer tudo o que se passa, apenas uma coisa: um fulano resolveu vir contra mim e levou-me a frente do carro. não posso sair de casa e que falta me faz não sair, nem que seja para fotografar.

Estou cansada!

Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.

Amo formas, curvas
Sou apaixonado pelas artes
Apaixonado pela noite
Mas também pelo nascer do sol
Sou fascinado pelo cosmos
Pelo ocultismo
O sobrenatural
Tudo que parece estranho
Tudo que me parece misterioso
Sou apaixonado pela desordem
E até mesmo pela morte
Mas sem renegar a vida
Nem os sonhos...

Os espelhos nem sempre mostram o que queremos, mas é um desafio tentar descobrir detalhes sobre o que está para lá dos nossos olhos. Haja imaginação!

 Já aqui falei sobre a Cidade do lixo no Cairo

Disseram-me que é muito difícil fotografar uma mulher neste sítio, curiosamente esta deixou-me fazê-lo , enquanto preparava o café. Por detrás dela amontoava-se o lixo, que a seguir iria separar para ser reciclado.
Não nos compreendíamos, só os nossos olhos comunicavam. Num gesto inesperado, ofereceu-me um café, numa caneca de  de limpeza duvidosa. Aceitei e percebi que ficou contente.
Agradeci e afastei-me.
No caminho ia pensando, como não entendo o que certas pessoas dizem e escrevem na minha língua e como entendi com um olhar tudo o que esta mulher me disse.
Há coisas inexplicáveis, só se compreendem com a voz do coração.

O corpo precisa de descanso.
A mente precisa de paz e o coração de alegria