Depois de dar a conhecer o cais palafítico da Barosa, resolvi dar um passeio neste espaço. Ouvi o canto dos pássaros, vi a flora que me rodeava, vi as borboletas que esvoaçavam e relaxei. Foi um passeio que me fez bem ao corpo e à alma.

Há penas duras e as leves, há que saber conviver com elas, superar o que nos faz mal e seguir em frente, sabendo que as penas nunca acabam. Devemos dar valor apenas àquelas que com um sopro voam por aí.

Afinal é o meu dia. Tomara que todos os meninos se sentissem tão felizes como eu, quando a dona deste blog me fotografou nos Açores.

Depois de uma visita a Óbidos, onde costumo ir muitas vezes (não bebi ginja) passei por um pronto a vestir e estive quase tentada a comprar mais um trapinho ou uma malinha, mas resisti, não comprei nada. Primeiro tenho de destralhar e livrar-me de tudo o que não me faz falta ou já não me serve.

Apesar da grave crise na habitação que se está a viver em Portugal, estas casinhas são para os pescadores arrumarem os objectos da pesca, quando regressam da faina.

Depois da faina os pescadores partiram. No cais deixaram tudo o que utilizaram, amanhã certamente voltarão.

Se alguém bater um dia à tua porta,
Dizendo que é um emissário meu,
Não acredites, nem que seja eu;
Que o meu vaidoso orgulho não comporta
Bater sequer à porta irreal do céu.

Mas se, naturalmente, e sem ouvir
Alguém bater, fores a porta abrir
E encontrares alguém como que à espera
De ousar bater; medita um pouco. Esse era
Meu emissário e eu e o que comporta
O meu orgulho do que desespera.
Abre a quem não bater à tua porta!
Fernando Pessoa

Não é quem segura a tua mão, é sobre quem não a quer soltar.

Será um caso de amor?

Na minha opinião um dos males dos nossos dias é a solidão.

Cada vez há mais idosos sem família ou amigos, que se limitam a ver a vida passar.
Já Carl Jung  dizia:" A solidão é viciante, quando você se dá conta, da paz que existe nela, não quer mais lidar com pessoas:"