Nova aterragem
Existe um Olhar
02.08.15
Subir, até onde o vento nos leve, pairar no ar, sentir a brisa que nos embala, quais pássaros planando sem destino, é e será sempre o sonho dos que querem ir mais longe.
A tarde trabalhava
sem rumor
no âmbito feliz das suas nuvens,
conjugava
cintilações e frémitos,
rimava
as ténues vibrações
do mundo,
quando vi
o poema organizado nas alturas
reflectir-se aqui,
em ritmos, desenhos, estruturas
duma sintaxe que produz
coisas aéreas como o vento e a luz.
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Carlos Oliveira