...quem o perde é louco.

Conheci este menino num campo com barracas no Nepal, depois do sismo que ocorreu a 25 de Abril de 2015.

Levámos alguma ajuda e fiquei comovida com o modo afável como nos receberam. Chovia e a água entrava nas barracas.
Hoje penso que a realidade por esse mundo fora, não será muito diferente do que vi há uns anos, basta ver as imagens que nos chegam das favelas do Brasil, da falta de água, comida e medicamentos em países africanos e tantos outros lugares por esse mundo fora.Pensemos acima de tudo nas crianças.

Agradeço à equipa do Sapo por ter destacado este post

Faz-me falta o abraço, a conversa olhos nos olhos, os lanches na esplanada ao final da tarde, aquela reunião para debater ideias, o brinde olhos nos olhos, a palavra certa quando mais preciso, ajudar quem necessita de mim, rir com a piada dita por alguém com um bom sentido de humor, ouvir o barulho dos carros, da mãe  que repreende o filho na rua, do vernáculo de alguém que não se conteve quando foi ofendido.
A maior ausência e a que me dói mais, é há mais de oito dias não abraçar o meu filho.

Sofro com esta ausência, restam-me as palavras virtuais, as conversas ao telefone e o medo, muito medo.

Quando é para apertar, toda a gente tem força, mas para desapertar, tudo se complica e há que pedir ajuda.
Como tudo na vida, convém não forçar e dar uma folga para ser mais fácil viver sem apertos.

 Antes de ir para S. Tomé e Princípe, era frequente ouvir dizer aos meus companheiros de viagem que já lá tinham estado, que por lá tudo era leve , leve...pensei eu, que tudo era devagar, devagarinho e parado.

Como me enganei!
Leve , leve significa que tudo é feito com calma, sem stress e com um espírito de ajuda notável, tanto por mulheres como homens.

No caso da imagem, as barcaças eram tiradas do mar, depois da pesca com uns rolos de madeira, até ficarem em terra e aí e em muitas outras situações que presencieei, reconheci o verdadeiro significado da expressão "leve, leve"