Um barco à deriva, sozinho no vasto oceano, evoca a sensação de liberdade.

Seja livre você nasceu para voar.

Quando aconteceu o 25 de Abril de 1974, era muito jovem e nem sabia o que era democracia ou ditadura,  como gostava de cantar, cantarolava canções de intervenção sem saber que o eram.

Os anos foram passando e a minha cultura política foi aumentando.

Fiquei a saber o que era liberdade, sem me assustar com  a Pide. Podia falar livremente e muita coisa mudou.
A escolaridade e a saúde sofreram modificações benéficas para todos.

Hoje nem tudo está bem, mas posso manifestar-me.

Tenho pena que ainda haja tanta pobreza, muita gente sem casa e uma desigualdade social gritante, mas posso manifestar-me, escrever sobre o assunto e não vem mal ao mundo por isso.
Hoje posso gritar bem alto e com orgulho ...Viva a Liberdade, viva o 25 de Abril!

Já perdi a conta ao número de fotos com gaivotas que tenho espalhadas neste blog.
É sem dúvida o animal que mais se identifica comigo.
Gosto de observar os seus voos quando estou na praia e agora até na cidade aparecem.
São o símbolo da liberdade, podem voar para onde querem e pousar nos sítios mais inusitados.
Tal como elas, também eu sou uma amante da liberdade e mesmo quando me senti presa, logo arranjei maneira de me libertar.

Aqui nesta praia onde

Não há nenhum vestígio de impureza,

Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a prória liberdade.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Liberdade é sempre e  fundamentalmente, a liberdade de quem discorda de nós.

Podemos fazer duas escolhas, ou vivemos presos nas redes ou soltamo-nos e aproveitamos a liberdade de ser, estar e viver em plenitude, sem amarras.

O pior cárcere não é o que aprisiona o corpo, mas o que asfixia a mente e algema a emoção. Sem liberdade, as mulheres sufocam seu prazer. Sem sabedoria, os homens se tornam máquinas de trabalhar.

Augusto Cury

Solto-me e liberto-me daquilo que não me deixa viver. 
Não há amarras, há apenas a liberdade de ser e de me soltar, sem medo do que vem, sem ouvir vozes destoantes daquilo que realmente sou...transparente, igual a mim mesma, ignorando vozes e palavras loucas que passam ao longe sem que elas me impeçam de continuar vivendo num mar de provocações, que em nada afectam o que há de mais genuíno dentro de mim.
Falem, gritem acreditem no que quiserem, porque as cordas que podiam prender-me, são as mesmas que uso para me libertar. 

Logo que me seja possível agradecerei as vossas visitas e comentários

Eu me permito mais liberdade e mais experiências.
E aceito o acaso.
Anseio pelo que ainda não experimentei.
Maior espaço psíquico.
Estou felizmente mais doida.

Clarice Lispector