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Existe um Olhar

"Não te preocupes com os que não te conhecem, mas esforça-te por seres digno de ser conhecido." Confúcio Criei este blog para registar momentos através da fotografia, recordando tudo o que vivi e aprendi.

Existe um Olhar

"Não te preocupes com os que não te conhecem, mas esforça-te por seres digno de ser conhecido." Confúcio Criei este blog para registar momentos através da fotografia, recordando tudo o que vivi e aprendi.

Portas de Rodão


Existe um Olhar

16.07.24

IMG_9510.JPG

As portas de Rodão são uma formação geológica e geomorfológica localizada nas duas margens do rio Tejo, nos concelhos de Vila Velha de Rodão e Nisa.

Esta formação geológica é resultado da interceção do duro relevo quartzítico da Serra das Talhadas com o curso do rio Tejo. Neste local há um estreitamento do vale para cerca de 45 metros de largura, e as duas paredes escarpadas atingem os 170 metros de altura fazendo lembrar duas “portas”, uma a norte no distrito de Castelo Branco, Beira Baixa, e outra a sul no concelho de Nisa, distrito de Portalegre, Alto Alentejo.


 

Como um sonho


Existe um Olhar

17.05.19

IMG_6412 (1).JPG

Tempestade... O desgrenhamento
das ramagens... O choro vão 
da água triste, do longo vento, 
vem morrer-me no coração.

A água triste cai como um sonho,
sonho velho que se esqueceu...
( Quando virás, ó meu tristonho
Poeta, ó doce troveiro meu!...)

E minha alma, sem luz nem tenda,
passa errante, na noite má,`
à procura de quem me entenda
e de quem me consolará...

Cecília Meireles

Pelo Tejo vai-se para o mundo


Existe um Olhar

04.08.17

IMG_6374a.jpg

 O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, 
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia 
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. 
O Tejo tem grandes navios 
E navega nele ainda, 
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, 
A memória das naus. 
O Tejo desce de Espanha 
E o Tejo entra no mar em Portugal. 
Toda a gente sabe isso. 
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia 
E para onde ele vai 
E donde ele vem. 
E por isso porque pertence a menos gente, 
É mais livre e maior o rio da minha aldeia. 
Pelo Tejo vai-se para o Mundo. 
Para além do Tejo há a América 
E a fortuna daqueles que a encontram. 
Ninguém nunca pensou no que há para além 
Do rio da minha aldeia. 
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. 
Quem está ao pé dele está só ao pé dele. 

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XX" 
Heterónimo de Fernando Pessoa 

Esta nossa Lisboa


Existe um Olhar

12.02.16

Esta nossa Lisboa

Formoso Tejo meu, quão diferente
Te vejo e vi, me vês agora e viste:
Turvo te vejo a ti, tu a mim triste,
Claro te vi eu já, tu a mim contente.

A ti foi-te trocando a grossa enchente
A quem teu largo campo não resiste;
A mim trocou-me a vista em que consiste
O meu viver contente ou descontente!

Já que somos no mal participantes,
Sejamo-lo no bem. Oh, quem me dera
Que fôramos em tudo semelhantes!

Mas lá virá a fresca Primavera:
Tu tornarás a ser quem eras dantes,
Eu não sei se serei quem dantes era.

Francisco Rodrigues Lobo (1580 -1622)

 

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